Quantificando fatores de crescimento ligados à células individuais utilizando quantum dots!
Créditos da imagem: Le et al, 2019.
Seja saudável ou doente, as células exibem comportamentos e processos que são amplamente ditados por moléculas de fatores de crescimento, que se ligam a receptores. Por exemplo, fatores de crescimento instruem às células a se dividir, mover ou até mesmo quando inicar a morte celular programada. Quando os níveis dos fatores de crescimento são muito altos ou muito baixos, ou quando as células respondem de forma irregular, muitas doenças podem se originar, incluindo câncer.
Em um artigo recente publicado na Nature Communications, pesquisadores relataram a invenção de uma nova plataforma de tecnologia que quantifica digitalmente, a quantidade de moléculas de fator de crescimento que entra em uma célula individual. Antes disso, os pesquisadores inferiam a ligação do fator de crescimento com base em como as células receptoras respondiam quando as moléculas do fator de crescimento eram introduzidas.
A plataforma tecnológica identifica cada fator de crescimento que está marcado com um ponto quântico fluorescente infravermelho de 10 nanometros de diâmetro e que pode ser visualizado usando um microscópio. Nesse estudo, os pesquisadores quantificaram quantas moléculas do fator de crescimento epidérmico (EGF) ligaram-se a células humanas de câncer de mama triplo-negativo
As moléculas de EGF tipicamente sinalizam a divisão celular e levam ao crescimento dos tecidos. Numerosos cânceres têm mutações em seus receptores EGF.
A equipe também tratou as células de câncer de mama com EGF marcado com quantum dots na ausência e presença de drogas farmacêuticas que inibem a sinalização de EGF nas células. Descobriu-se que a quantidade de ligação do EGF é inversamente proporcional à eficácia do medicamento. Esta descoberta é significativa, pois significa que as moléculas de sinalização presentes no tumor – um local onde as moléculas de sinalização são muitas vezes mal reguladas – podem aumentar a resistência das células cancerígenas aos agentes farmacêuticos.
Veja o trabalho na íntegra publicado no paper anexado: