Terapia gênica como promessa para a regeneração medular.

IMAGEM 29-06

Créditos da imagem: Burnside et al., 2018.

Inibição da adipogênese por células estromais recém-descobertas!
Pessoas com lesão na medula espinhal muitas vezes perdem a capacidade de realizar ações cotidianas que exigem movimentos coordenados das mãos, como escrever, segurar uma escova de dentes ou pegar uma bebida. Em casos mais sérios, tetraplegia ou paraplegia podem ocorrer. Nenhum tratamento regenerativo está atualmente disponível.
Pesquisadores testaram uma nova terapia gênica para regenerar o tecido danificado na medula espinhal.
A condroitinase ABC é uma terapia pré-clínica promissora que promove a neuroplasticidade funcional após lesão do sistema nervoso central, através da dos inibidores da matriz extracelular. A entrega eficiente de condroitinase ABC à medula espinhal ferida pode ser alcançada através de vetores virais. Essa abordagem modula dramaticamente a patologia da lesão e restaura as funções sensório-motoras.
No entanto, o desenvolvimento clínico desta terapia é limitado pela falta de capacidade de exercer controle sobre a expressão do gene da condroitinase.

Neste trabalho, foi utilizado a administração de um novo sistema de vetores virais que escapam do ataque do sistema imune, no qual o gene da condroitinase está sob uma chave reguladora indutível por doxiciclina, utilizando um transativador quimérico projetado para escapar do reconhecimento por células T. Usando este novo sistema de vetores, foi demonstrado um controle temporal rígido da expressão do gene da condroitinase ABC, uma vez que a o efeito da condroitinase foi interrompido após aplicação de doxiciclina.
Isso permite uma comparação entre terapia genética de curto e longo prazo, paradigmas no tratamento de lesões de contusão cervical clinicamente relevantes em ratos adultos.
Foi mostrado que o tratamento transitório (2,5 semanas) é suficiente para promover melhora na condução do axônio sensorial e no desempenho do teste de caminhada em escada nestes ratos. No entanto, em tarefas mais finas, apenas o tratamento a longo prazo (8 semanas) leva a uma função significativamente melhorada, o que foi correlacionado com aumento da inervação glutamatérgica nas camadas III e IV da substãncia cinzenta da medula.

Veja toda adinâmica do trabalho no paper completo anexado:

Immune-evasive gene switch enables regulated delivery of chondroitinase after spinal cord injury

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